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 Estava eu fazendo minhas leituras diárias e checando os links do Transcendental, quando me deparei com a matéria sobre a repercussão que uma cena de beijo grego foi ao ar numa série americana chamada 'Girls'. Segundo o texto, muitas pessoas comentaram que se sentiram desconfortáveis e mimimi com a cena, o que me levou a pensar na quantidade de pornografia que é vista diariamente por essas pessoas que deveriam receber o título de "vigilantes da foda alheia". Gente, qual o problema com o sexo como ele é? Pra quê tanta convencionalidade com uma coisa que você provavelmente adora fazer, mas vive se reprimindo ou sendo reprimido? Se as pessoas que fazem tabu do sexo deixassem de vigiar as vida sexual alheia pra discutir putaria com seus parceiros, pra inovar com seus parceiros, o mundo seria mais feliz. Esses sim são os verdadeiros mal comidos. Dizem que nós feministas é que o somos, mas na verdade, transamos bem, obrigada. 
 Não vejo necessidade de ver pessoas se agarrando em público, óbvio, mas também não vejo motivo de censurar o sexo como ele é quando exibido em séries/filmes e afins. A industria pornográfica já vende tanta mentira, tanta farsa quanto ao sexo que parece que as pessoas esqueceram de fazer sexo mesmo. Os caras passam o dia tocando umazinha, mas na hora de saber fazer a parceira sentir prazer de verdade, dão pra trás. E quando veem uma cena dessas na TV criticam de forma negativa. Isso me soa como inveja. Nos caras, essa inveja deve ser porque o cara da cena tá deixando a parceira dele realmente louca de tesão; já nas mulheres, a inveja é da mulher que tá tendo uma transa de verdade onde o parceiro não sofre de pintocentrismo e assim, dá prazer de verdade a ela.
 Então, vocês aí do mimimi pela transa alheia, vê se vai ver do que teu parceiro sexual gosta, do que leva a tua parceira a loucura e para de querer causar com cenas tão banais como são as de sexo. Vão buscar coisas que vos excitem, músicas que despertem vossas imaginações, joguinhos que apimentem a coisa toda. Por um mundo com mais sexo e menos mimimi.
Esse post é um misto de desabafo com agradecimento. É um desabafo porque pra agradecer, preciso dizer o por que, e aí entra o desabafo. Sei que com isso, me exponho, mas faz-se necessário e me exponho porque muitas das coisas do desabafo já não me incomodam mais.
 Comecei a me sentir uma aberração quando eu tinha sete anos e passei pra alfabetização. Antes disso eu era bem feliz e leve. Eu corria sem blusa, meus cachos ficavam soltos quando eu queria, ninguém me dizia que tinha coisa de menino e menina. Eu era criança. Aí veio a série de aprender a ler e eu achei que seria o máximo. Mas não foi tão legal assim. Eu não tinha amigos. As meninas me sacaneavam porque eu não era feminina, os meninos me sacaneavam porque eu não era feminina. Eu nem sabia o que significava, mas era sapatão. E eu pensava, meu pé é grande, mas e por que isso me desqualifica? Eu tinha boas notas, fazia todas as atividades, não tive dificuldade em aprender a ler, amava escrever, mas ainda assim não era capacitada pra ter amigos. Eu era estranha. Nas séries seguintes não foi diferente, quando eu acertava uma pergunta, os meninos gritavam "perfect!" e não era um elogio, era uma forma de reafirmar pra turma que eu não era legal, porque ao ouvirem isso, muitas piadas surgiam então eu sabia que não me achavam legal por saber responder. 
 E com esses anos passando, eu não desenvolvi o menor interesse em meninos, meninas ou roupas fofinhas e "de menina". Eu gostava de  brincar com meus brinquedos, de desenhar, escrever, de fazer coleções de livros, massa de modelar, casacos, cd's. Eu gostava de apostar corrida de bicicleta e de jogar vídeo game. E eu cresci, e eu continuei assim, sendo dese jeito. Ora me sentia menino, ora me sentia menina, e achava estranho, e tinha vergonha de compartilhar. Os abusos sexuais que sofri só me fecharam mais e me deixaram ainda mais transitória entre esses gêneros. Não queria roupas muito femininas, nem nada muito masculino. Se fosse básico eu usava. Assim eu cheguei no fundamental II e percebi que ser assim não era permitido, então eu arrumava o cabelo, porque assim eu parecia uma menina e as pessoas me importunavam menos. Mas não foi o suficiente, porque alguém disse eu realmente não sei quem, que o fundamental II é a época em que as pessoas tem que ficar com outras pessoas - mas só do sexo oposto.
 Vi dois colegas gays ficarem com garotas pra não sofrerem zoação, vi que os meninos continuavam me achando estranha e as meninas me cobravam alguma postura perante os meninos. Fingi paixonites. Disse que tinha me apaixonada, mas que havia passado, assim, ninguém me perturbava. Houve um tempo em que realmente me apaixonei, mas foi por uma colega do judô, bem mais velha que eu. Aquela velha história da pessoa X que se apaixona por seu vizinho Y e que eles têm alguma atividade em comum, mas esse um nunca consegue nada e nem se declara, e foi oque rolou. 
 Eu continuei me desenvolvendo e me percebendo diferente e sendo diminuída por isso. Me sinto um nada na faculdade, em casa... Não sou vaidosa da forma certa, não valorizo "a minha beleza", não uso roupas que mostrem que sou mulher... As pessoas querem coisas binárias e não alguém como eu. Mas aí entra a parte em que agradeço.
 agradeço por ter conhecido a minha namorada que me ama da forma como sou e nunca exige essas coisas que não sei ser de mim. E agradeço a um grupo que criei pra discussão e que me mostrou tanta coisa. Foi graças a ele que aprendi não faz muito tempo que sou do grupo de "gênero fluido", e que isso não faz de mim uma aberração. Tenho aprendido muito com pessoas que nunca imaginei aprender. E assim, eu me amo um pouquinho, já que fui ensinada a não gostar de nada no meu corpo, porque ele é estranho e feio. Aprendi a me amar mais um pouquinho por não ser binária e isso não me torna o monstro do lago Ness. Então, muito obrigada pessoinhas lindas do Transcendental.
Eu sempre gostei de andar de ônibus. Na verdade, não só de ônibus, mas de carro, de bicicleta, caminhar. Cada uma dessas coisas me traz uma magia diferente. Quando eu caminho, eu respiro, suo pra liberar as coisas ruins, penso na vida e esqueço de muitas coisas, além de lembrar de muitas outras. Andando de carro, eu vejo as paisagens correndo, e me sinto isolada dela, é estranho, mas muitas vezes é reconfortante. Ver tudo e não se sentir parte de nada. No ônibus eu me sinto expectadora de cada pedaço do que vejo e é tão fascinante. As cores, os lugares, as pessoas, as conversas, os risos, as músicas, as sensações de cada local diferente, as formas que as pessoas assumem quando não estão em seus trabalhos e apenas tomam uma cerveja gelada ao fim do expediente... Tudo isso é tão vivo e rico de detalhes que a vontade que me perpassa é de escrever sobre cada um e todos ao mesmo tempo. É descrever os personagens que eles são nas histórias que vão se formando ao vê-los sendo eles mesmos. E eu tenho lido bastante, no momento, leio J. K. Rowling em Morte Súbita. A forma como ela descreve cada lugar é tão palpável que parece que conheço cada um deles a décadas, e ainda assim é absurdamente novo e é como se eu os tivesse conhecendo naquele exato momento. E toda essa leitura só fomenta todos esses devaneios que eu tenho diariamente nos ônibus da vida. Quando eu ando de bicicleta não tenho essas viagens loucas porque eu me sinto tão livre e "cachorro passeando de carro" que não consigo criar meus personagens loucos nas minhas histórias onde tudo é possível e tal. 
Bem, é isso que eu devaneei  nos caminhos que o ônibus me leva. See ya!

 Estava eu em mais um passeio por Salvador enquanto ia ao trabalho, e fiquei me perguntando enquanto via os turistas o motivo de eles insistirem em vir pra cá. Eu amo minha terra, acho-a linda, esplendorosa, viva, rica, ritmada, heroica e histórica, etc. Mas eu não sou doida de mascarar a forma como os turistas são tratados aqui. O povo é hospitaleiro, comunicativo, feliz, mas desonesto (não todos, mas muitos). Cobram do turista mais que o dobro do valor da mercadoria, se passam por amigos destes e assim enfiam-lhe a faca com "mais amor". Tem turista que reclama de que aqui é tudo caro, mas não faz nada pra mudar isso, não reclama, e nem sei se há como fazer isso. O que sei é que eu não aconselho essas pencas de turistas a virem aqui sem conhecer ninguém. Não há transporte público satisfatório, não há hospitais públicos realmente disponíveis e o que vocês gastam aqui daria pra fazer outra viagem. Aconselho àqueles que desejam conhecer Salvador, a fazer um amigo daqui antes e que esse amigo faça o intermédio das compras. 
 E se você está me perguntando se isso só rola com o pessoal de sotaque diferente, engana-se, soteropolitanxs brancxs sofrem do mesmo abuso comercial. Já passei com isso com meus pais e tudo porque meu pai é pardo. Pessoa + pele clara = preços altos. Sei que se investigarmos a raiz de tudo isso, encontra-se N preconceitos, e que meu texto está realmente raso perante a profundidade do assunto, mas analise e averigue o quão furtados já foram xs turistas que por aqui já passaram, estão passando, e ainda passarão.

Atualmente, 63 países em desenvolvimento atingiram a meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e a América Latina e o Caribe se destacam com os maiores avanços


Cerca de 805 milhões de pessoas no mundo sofrem de fome, de acordo com o novo relatório das Nações Unidas divulgado hoje. O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo (SOFI 2014, na sigla em inglês) confirmou a tendência positiva global de diminuição do número de pessoas que passam fome, reduzindo 100 milhões na última década e mais de 200 milhões em relação a 1990-1992.
A tendência geral na redução da fome nos países em desenvolvimento significa que o Objetivo de Desenvolvimento do Milénio (ODM) de reduzir pela metade a proporção de pessoas subalimentadas até 2015 pode ser alcançado “se os esforços adequados e imediatos forem intensificados", aponta o relatório. Atualmente, 63 países em desenvolvimento atingiram a meta dos ODM, e mais seis estão próximos de alcançá-la em 2015.
O documento aponta que a erradicação da fome requer o estabelecimento de um ambiente favorável e de uma abordagem integrada, o que inclui investimentos públicos e privados para aumentar a produtividade agrícola; o acesso à terra, serviços, tecnologias e mercados; e medidas para promover o desenvolvimento rural e a proteção social para os mais vulneráveis.
O relatório também enfatiza a importância de programas de nutrição específicos, principalmente para corrigir as deficiências de micronutrientes de mães e crianças menores de cinco anos.
O relatório é publicado anualmente pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA).

A redução da fome acelerou, mas alguns países ainda não avançaram
Apesar dos avanços significativos em geral, várias regiões e sub-regiões ainda não avançaram. Na África Subsaariana, mais de uma em cada quatro pessoas permanecem cronicamente subalimentados. Na Ásia, região mais populosa do mundo, 526 milhões de pessoas passam fome.
A Oceania apresentou uma melhoria modesta na prevalência de desnutrição (1,7% de queda), que era de 1 % em 2012-14. Por outro lado, a América Latina e o Caribe se destacam como a região com os maiores avanços globais no aumento da segurança alimentar.
De acordo com o relatório a proporção de pessoas que sofre com a subalimentação na região América Latina e Caribe caiu de 15,3% em 1990/92 a 6,1% em 2012-2014, totalizando 37 milhões, diferente das 68,5 milhões registradas em 1990-92. Isso significa que em pouco mais de duas décadas, 31,5 milhões de homens, mulheres e crianças superaram a subalimentação.
A América Latina e o Caribe também é região que concentra o maior número de países que alcançaram o ODM relacionado à fome. No total, 14 países já cumpriram a meta e, segundo o SOFI, outros três países estão a caminho de alcançar antes de 2015.
O relatório deste ano traz ainda  sete estudos de caso - Bolívia, Brasil, Haiti, Indonésia, Madagascar, Malaui e Iémen - que destacam algumas iniciativas de como estes países estão combatendo a fome. Os países foram escolhidos por causa de política, economia, diversidades e diferenças culturais, principalmente no setor agrícola.

Brasil: país cumpriu com ambas as metas
Dos países da América Latina e Caribe, o Brasil foi um dos que cumpriu tanto a meta de reduzir pela metade a proporção de pessoas que sofrem com a fome (meta 1C dos ODM) quanto à meta de reduzir pela metade o número absoluto de pessoas com fome (meta CMA). No período base (1990-1992), 14,8% das pessoas sofriam de fome. Para o período de 2012-2014, o Brasil reduziu a níveis inferiores a 5%.
Para a Representante Regional Adjunta da FAO para a América Latina e Caribe, Eve Crowley, a implementação de um conjunto de políticas públicas de forma articulada e integrada, com o estabelecimento de marcos legais e institucionais permitiram os avanços do país na superação da fome. “Nos últimos anos, o tema da segurança alimentar foi posto no centro da agenda política do Brasil. Isso permitiu que o país alcançasse tanto o primeiro objetivo do ODM como da Cúpula Mundial da Alimentação”, avaliou Eve Crowley.
Os atuais programas que têm como objetivo erradicar a pobreza extrema no país estão focados na vinculação de políticas para o fortalecimento da agricultura familiar com a proteção social de forma inclusiva. “Há ainda muito a ser feito no Brasil, mas as conquistas estão preparando o país para os novos desafios que deverão enfrentar”, ressalta a Representante Regional Adjunta da FAO.



Texto de Bia Cardoso para as Blogueiras Feministas.

Estreou na última terça-feira, “O Sexo e as Negas”, nova série das terça-feiras na Rede Globo. Desde que foi anunciado, o programa vem provocando questionamentos, críticas e ações de boicote, especialmente por parte das mulheres negras. Infelizmente, o primeiro episódio mostrou que muitos dos temores se confirmaram.
A primeira cena vai ao passado, em 1926, para contar como se deu a formação da Favela da Praia do Pinto. Quem esperava logo no início o protagonismo estampado das negras, surpreende-se ao ver que essas primeiras cenas contam a história do nascimento de Jesuína, vivida pela atriz branca, Claudia Gimenez. Tudo isso com narração do autor branco, Miguel Falabella. Apenas aos 2 minutos, avistamos as quatro protagonistas, entrando em cena triunfal com roupas e cabelos estilosos, na linha Sex And The City que o seriado pretende emular.
Porém, diferentemente do seriado americano, em que sexo e homens eram alguns dos principais assuntos, mas todas as protagonistas tinham também carreiras profissionais e tornavam-se cada vez mais bem sucedidas em suas vidas; “O Sexo e as Negas” resume tudo a sexo e homens, inclusive o problema da mobilidade urbana e do transporte público.
Uma das primeiras frases ouvidas é que: “o problema do transporte acaba atrapalhando a vida amorosa da gente”. Quando mostram duas das personagens no metrô lotado não há discussão sobre assédio e nem o que poderia ser feito para melhorar a questão do excesso de passageiros. A solução é comprar um carro, veja só! Para comprar um carro é preciso dinheiro. Fora o fato de que é estranhíssimo quatro mulheres tão descoladas não terem pesquisado e se informado sobre valores de carros usados, já que elas chegam ao vendedor como se não tivessem nenhuma noção, a solução encontrada para conseguir dinheiro é jogar no Jogo do Bicho, o que no Brasil é crime.
Então, vamos pegar nossa cartela do Bingo e marcar a lista de estereótipos em relação a mulheres negras e pessoas que vivem em comunidades, especialmente no Rio de Janeiro:

1) mulheres negras estão o tempo todo pensando em homens;

2) mulheres negras estão sempre prontas para fazer sexo no local de trabalho ou carros usados, desde que eles custem 15 mil reais;

3) pessoas que vivem em comunidade estão sempre envolvidas com atos criminosos, seja com o chefe do tráfico ou com o Jogo do Bicho;

4) “As mulheres todas querem casar, todas elas tem a mesma coisa na cabeça, arrumar quem pague as contas”, afirma Big, homem negro que tem esse nome por ter um pênis grande;

5) “A única coisa que bota um cara na cadeia no Brasil é pensão alimentícia, por isso a primeira coisa que elas fazem é arrumar um filho”, complementa o personagem Adilson, pedreiro branco que provavelmente não conhece a realidade das cadeias brasileiras.

Portanto, por mais que as protagonistas sejam guerreiras, trabalhadoras e que não levam desaforo para casa, no fundo elas só querem um homem para bancá-las e uma pensão alimentícia para garantir(?) o futuro. Que retrato bacana, não é mesmo? É tão bom quando nos mostram que por mais que as mulheres negras ascendam socialmente, tenham sonhos, lutem por eles, sempre haverá alguém para dizer onde é exatamente o lugar delas.
Isso fica bem explícito em duas cenas. Na primeira, a personagem Soraia está esperando a patroa entregar o pagamento do dia como cozinheira, enquanto isso, o patrão chega de cueca com o peito desnudo e a olha lascivamente. Em outra cena, a atriz famosa da qual Zulma é camareira pede que ela guarde uma jóia. Zulma diz que tem receio de sair na rua com uma pulseira tão cara, ao que a personagem da atriz responde: “E você acha que no seu braço alguém vai achar que é de verdade?”.
Nesse primeiro episódio, as quatro negras enfrentam diferentes situações de machismo e racismo, mas apenas Lia responde de forma explícita como visto na cena da churrascaria em que trabalha.
Quando criticamos o programa, o autor e a Rede Globo, não estamos dizendo que Miguel Falabellaé o anti-cristo do racismo e que deveria ser preso, estamos apontando que os estereótipos estão se repetindo mais uma vez. Quando enfatizamos que é um autor branco escrevendo sobre mulheres negras, que uma atriz branca encarna o papel da sabedoria para as personagens negras, estamos explicitando que há pouquíssimas pessoas negras exercendo o papel de criadores (autores, roteiristas, diretores) na televisão. Um veículo que ainda é o maior meio de comunicação do pais e que isso tem consequências diretas na vida das mulheres negras brasileiras.
O retrato da mulher negra na televisão tem relação direta com a imagem da mulher negra forjada no período escravocrata, com algumas poucas mudanças aqui e acolá. Ao chamarem as críticas de moralistas, questionando: qual o problema em associar negras ao sexo? As pessoas esquecem que, no Brasil, as mulheres negras tem mais chances de serem vítimas de violência, especialmente estupros, porque são vistas como promíscuas, lascivas, provocadoras. Não faz muito tempo, a cervejaria Devassa fez uma campanha publicitária extremamente racista em que sua cerveja preta era vendida com o slogan: “É pelo corpo que se reconhece a verdadeira negra”.
A mulher negra é extremamente sexualizada por nossa cultura, que a coloca na maior parte das vezes como uma transa exótica. Ao mesmo tempo que é sedutora, é pecadora, pois não é vista como a mulher decente, a mulher para casar. De que cor falamos quando usamos a expressão “da cor do pecado”?
As mulheres negras recebem menos anestesia em hospitais e sofrem mais violência obstétrica, porque mulher negra é forte, aguenta tudo. Não é à toa que o termo “mulata”, tão exaltado como representação da beleza negra, tenha sua origem na palavra “mula”, animal utilizado especialmente para carga.
As mulheres negras veem diariamente o genocídio dos jovens negros ceifarem a vida de seus filhos, mas quem se importa quando mais um negro morre na periferia de uma grande capital? Logo elas terão outros filhos, afinal, mulher negra e pobre no Brasil sempre tem um monte de filhos, não é?
Para que você, mulher negra, quer fazer uma universidade de elite? Cota é para quem é vagabunda! Volte para seu lugar, pois minha preocupação é: como farei para ter um empregada doméstica, agora que elas tem tantos direitos? Esses são apenas alguns exemplos das consequências da imagem da mulher negra que está fixada no imaginário social.
Temos visto, nos últimos anos, inúmeros casos de racismo sendo denunciados e expostos, muitas pessoas negras não ficam mais caladas diante dos absurdos cotidianos. Porém, a sociedade brasileira insiste em fechar os olhos para a gravidade do problema, se recusa a implementar ações para resolver a questão, que não pode passar só pela criminalização. A educação, as cotas raciais, as críticas a imagem do negro nos meios de comunicação, o atendimento a essa população específica nos órgãos públicos, entre outras questões, tudo está interligado.
Sabemos bem o que acontece quando apontamos o racismo. Logo gera-se uma “polêmica”. A primeira coisa que fazem é negá-lo ou relativizá-lo. A segunda é apelar para o mito da democracia racial, tão conveniente para aqueles que estão no poder. A terceira é dizer que tem parentes, amigos ou empregados negros. A quarta é reclamar nas redes sociais que não se pode mais chamar um bolo de chocolate de nega maluca. A quinta é gritar: racismo reverso! Como se fosse possível jogar 300 anos de cultura escravocrata com um guindaste numa pessoa branca. Chega-se até mesmo a dizer que o racismo não existe, porque muitas vezes perder a cabeça e dizer algo ofensivo é biológico, como tenta nos fazer acreditar um médico neurologista num programa matinal de televisão.
A boa notícia é que hoje as mulheres negras estão cada vez mais dispostas a brigar por respeito e isso incomoda muito, porque significa que novos espaços serão conquistados por elas, nem que seja na base da força. Por isso, convido você a acompanhar o projeto #AsNegaReal das Blogueiras Negras que pretende apontar e debater o racismo presente nesse novo programa.
Por fim, dois projetos estrangeiros que mostram como poderia ser um Sex And The City escrito por mulheres negras: An African City, criação de Nicole Amarteifio e Girlfriends, criação de Mara Brock Akil.



Materia extraída do Portal Geledés  


Ontem foi publicado um texto meu no blog da Lola. E o que li nos comentários me fez perceber mais uma vez que lemos tão pouco que pecamos na interpretação. Não estou me pondo como um exemplo em língua portuguesa, muito pelo contrário, me bato até hoje no lance dos porquês. Nunca consegui memorizar aquela regrinha chata de como usá-los. 
 Mas o que li foi MUITA coisa com interpretação oposta ao intuito do texto em si. Vi minhas palavras distorcidas e remendadas. Não vou dizer que sofri, que chorei... Na verdade, achei até engraçadas as coisas que li, mas resolvi explicar o ponto tão abordado no meu texto. E lá vamos nós!
"Só um negro pode escrever sobre o que é ser negro, sobre a vida negra... Então parem vocês brancos de agir como se soubessem o que é ser negro. 
 Juro pra vocês que não achei que essa frase que é logo explicada na frase seguinte fosse gerar 80% dos comentários publicados. Gente, é ÓBVIO que qualquer pessoa pode escrever sobre o que quiser, o que meu desabafo fala é sobre a propriedade que as pessoas tomam sobre aquilo que não lhes cabe, que não lhes é vivido. 
 Eu sou negra, certo. Sei falar daquilo que EU vivo. Posso lhe dizer com propriedade de como é ser negro, de como me sinto quando sofro discriminação. Mas eu não sei como um índio se sente perante mesma situação ou similar. Não sei como um japonês se sente, como um branco se sente.  Sou bissexual, e sei como foi horrível ficar ouvindo que eu era indecisa, que "isso" era porque eu queria chamar atenção, que eu dizia ser por estar na moda. Eu posso falar sobre o que senti sobre isso, mas não posso falar com propriedade sobre como uma travesti se sente, posso imaginar, mas não dizer com propriedade sobre isso. 
 Revoltei-me contra esse domínio branco na escrita a respeito de negros porque é o que mais tem sido feito ao longo dos anos e nada mais justo que meu povo tenha voz. Que meu povo possa falar de si, da forma como se vê e do modo como se sente perante a cada coisa dita por alguém que não sabe da missa o terço, sobre nossa realidade. Mas eu não desejo isso só para negros. Claro que não! Eu quero ver mulheres brancas ou negras, homens cis ou não, índios, homossexuais, anões, ET's e seja lá mais quem for escrevendo sobre como vê sua própria realidade. Isso não é apartheid, é deixar ainda mais claro a realidade de cada um, visto por esse cada um.
 Tendo em vista todos esses argumentos apresentados por mim, acredito que fique esclarecido que eu não sou extremista, nem racista. Até a próxima, pessoal.
 Sou negra. Não morena, nem moreninha. Não sou mulata, e não lhe dou liberdade de me chamar de nêga. Não sem antes me conhecer e saber minha realidade. Começo esse desabafo assim, desaforada, porque estou farta de ser taxada de tudo que é coisa por ser negra, por ser mulher.
 Acho um absurdo ver esse bando de branco se dizendo representante de nós, negros. Como você representa algo que não faz parte da tua realidade? Que você apoie, simpatize, lute ao lado, mas não se coloque a frente, não fale por nós.
Temos voz, sabemos falar por nós e acredite, só nós podemos responder por nós. Só quem sofre o racismo velado na pele diariamente é quem pode reclamar das mazelas que é ser negro num país de maioria negra, mas que age como branco, porque assim nos foi imposto. É tão triste saber que se declarar negro é motivo de descriminação, de chacota, de redução.
Vocês brancos tem o péssimo costume de se meter em tudo, querer validar tudo, dizer amém ao que acha que lhe convém ao que acha que é da sua alçada também, mas tenho uma coisa a lhe dizer: não é. Eu não preciso do teu amém para dizer que sou negra, que me assumo com meu cabelo crespo, com meus traços negros, com minha realidade negra. Não é você quem valida isso, sou eu.
Sou eu quem acorda todos os dias e aprende a se orgulhar da cor e da origem um pouco mais. Quando eu digo que não vou alisar meu cabelo porque você acha bonito, eu estou dizendo que não vou alisar porque amo meu cabelo natural. Quando eu digo que meu corpo é meu, que a minha vida sexual pertence à mim e que eu não levo uma vida promíscua só porque você quer, eu estou dizendo pra você parar de agir como se todo negro tivesse pênis grande e toda negra desse pra todo cara que quisesse.
E quanto a esse povinho metido a escritor negro, se comparando a mais negros... É, estou falando do tal do Miguel Falabella. Querido você não é o Spike Lee. E você pode até escrever sobre a sua realidade, mas sinto informar que sua realidade é misógina, racista. Você é bem famoso por criar bordões que diminuem. “Eu tenho horror a pobre”, já dizia teu personagem, o Caco Antibes. Tua série me causa asco e a tua defesa me causa tanto nojo que eu até ri, tamanha ‘ridicularidade’ do que estava escrito. Você tanto diz defender as negras e a forma como elas vivem, diz tanto não vulgariza-las que simplesmente começou teu texto objetificando a moça que você disse ter contribuído para o título da tua série.
Eu não sou representada por sexo e badalação. Me coloque como alguém que batalha, me descreva como uma rebelada que se mostrou dedicada aos estudos e não ao que todos dizem que serei. Eu sou pobre, e muitos negros também, mas as camareiras, as professoras, as domésticas, as ambulantes, as putas... São mais dignas que as descritas em séries feitas de brancos para brancos. Eu li no blogueiras negras essa semana o que levarei para toda a minha vida: só um negro pode escrever sobre o que é ser negro, sobre a vida negra... Então parem vocês brancos de agir como se soubessem o que é ser negro. Vocês não têm a mínima ideia da delícia e da dor de ser o que somos, quem somos, como somos. Escrevam sobre vocês, a realidade de vocês. Dizer que escreve sobre um negro pra por dois negros atuando num elenco de 30 atores brancos, e dizer que assim está dando oportunidade ao negro... Sinto dizer, mas nem mesmo os pombos gostam de comer migalhas por toda a vida.
 Namoro uma menina que é linda. E é linda mesmo quando as pessoas olham pra mim, longe da presença dela e me perguntam? O que tu vê nela? acho engraçado me perguntarem isso, porque na minha cabeça de gente apaixonada, é tolice não verem como ela é linda. Na minha parte mais racional, acho plausível que não saibam, pois não a conhecem, mas eu que conheço posso dizer com domínio de causa que ela uma moça MUITO linda e que me faz imensamente feliz. 
 Ela é linda com todos os defeitos que apontam nela, que ela aponta e que até e vejo. Ela é linda mesmo brava e se soubesse como fico feito louca quando brigamos, a gente nunca brigaria. a cada vez que a gente briga, eu acho que ela nunca mais vai falar comigo e que não vai mais querer me ver. que louco, né?
 Tô nem aí pra você que acha que ela não é tudo isso, porque pra mim ela é mais que isso, mais que muita coisa. E se eu amo doce, à ela amo infinitamente mais.Viveria num mundo salgado por ela, se fosse preciso. 
 E eu sinceramente nem sei o motivo de ter começado a escrever tudo isso, mas sei que passei mesmo que rápido pra poder ressaltar o quão linda ela é e que eu a amo pra caramba!


  Esse post aqui é sobre mim e minha "evolução" em tantos termos que tenho medo dessa publicação ficar realmente longa, mas vai ser necessário.

 Eu cresci me sentindo diferente das outras meninas e meninos e por isso, me sentia solitária. Eu não era feminina, mas também não era masculina, só que pras pessoas a minha volta isso era confuso, porque uma menina tem que ser feminina, menininha e de preferência, gostar de rosa e de Barbie. Mas eu não era assim. Eu amava ter minhas bonecas - que não eram Barbie, porque eu nunca quis -, mas eu também amava sair com os moleques da rua e brincar de bicicleta, jogar vídeo game; eu amava ficar sozinha e escrever minhas histórias, desenhar os personagens, ouvir música, ver filme, fingir ser dona de restaurantes, escolas e afins, e nisso tudo, eu não me via nem menino e nem menina, me via eu. Ana. E eu queria mais do que tudo que as pessoas percebessem isso e me deixassem ser eu. Eu queria continuar andando sem camisa e com os joelhos ralados, mas me diziam que eu tinha que cobrir os seios, mas que seios? E meu cabelo? Esse tinha que estar devidamente penteado, o volume tinha que estar domado, e a medida que fui crescendo ele foi aquecido e alisado. Tinha que manter os cabelos escovados. Não pode não ter "vaidade", tem que estar sempre com roupas de mocinha, cabelo arrumado, e esses mimimi's todos que nos impõem desde tão cedo que raras vezes nos desviamos disso com maestria e rapidez. 
 Essas amarras nos deixam pior e menor a cada dia, e comigo não foi diferente. Não culpo meus pais por terem sido criados nesse ritmo de mulher feminina e homem masculino - o Brasil tende a ser binário mesmo -. Com isso, eu me senti sempre menor que as outras garotas. Não me senti nunca uma das garotas bonitas, nem a que tem jeitos e modos delicados, nem a que mamãe e papai pediram a Deus, tamanha feminilidade. De acordo com os padrões hétero-normativos, machistas, eu tenho pés grandes, sem cava, feios; mãos grandes, dedos longos, mãos feias; sem seios grandes, sem bunda grande, sem cabelos longos, estranha, no máximo, bonitinha. Já cansei de passar por racismo disfarçado de sorrisos gentis. A "moreninha", "mulatinha", nunca a negra, a preta, que é o que eu sou. E então eu fui saturando, cansando de ser tudo o que queriam e comecei a me trabalhar pra ser o que eu quero ser, o que eu sou. 
 Em 2009 comecei a ter interesse por garotas também. Foi terrível pra mim, me senti tão confusa, mas tão bem também. Eu estava me conhecendo, mas não tinha com quem falar, fiz amigos, mas sempre tive problemas sérios em me abrir, e então engoli muito de mim por mais tempo. Em 2010 contei pra meus pais, foi um inferno. Pensei em me matar, e até tentei, confesso. Eu também parei de comer toda e qualquer coisa que apresentasse uma taxa de coisa saudável, de estômago vazio, me entupia de café e doces. Mas aí, eu encontrei uma amiga em um milhão, que me deu a mão de um modo tão grande, e que nem sabe que fez tanto, mas me livrou de tirar a vida, de ir desistindo dela aos poucos. Eu agradeço MUITO a ela por ter colado em mim, por ter sido a primeira pessoa que falou comigo quando entrei pro colégio, a que brincava comigo, que era o meu caso, a ela sou imensamente grata. 
 Então, resolvi viver e enfrentar todas as coisas que viessem em frente, eu encontrei mais amigos, e então me aceitei como eu era, como eu sou. Ainda não tinha me livrado da ditadura que era ter os cabelos escovados todo o tempo e eu achava aquilo normal, legal, o certo a se fazer, afinal, o meu cabelo não era "bom", era misto, era volumoso e isso não era das normas, não era bonito. Cresci mais, estudei mais e o gosto por escovar o cabelo e fazer chapinha só diminuiu. Deixei cachear, voltei pra chapinha, fiquei com ela por mais tempo do que queria, deveria, e só a poucos meses atrás, depois de ler, ver, perceber e entender que eu sou bonita da forma que eu me sinto bem, que eu sou linda sim, sem precisar da aprovação de homem ou mulher alguma. Que cada beleza tem sua particularidade e que esses moldes criados não me serviam a tanto tempo, que eu sentia dores por usar coisas que não me serviam, como um sapato menor que o teu pé, mas que tu insiste em usar, sabe? E esse sapato sempre fora menor que meu pé grande, número 39. Descalcei o sapato e calcei sandálias, tênis e tudo o mais que me cabia, estudei feminismo e me vi nele, me vi representada, então ergui minha bandeira de mulher, bissexual e não binária. Nem feminina e nem masculina. Eu. Ana. Yoshi. A senhora de mim e das minhas vontades. Deixei os cabelos livres, parei de esquentá-los, porque eles são lindos da forma natural que nasceram pra ser. Cortei eles bem curtinhos e tô me sentindo mais mulher que muita modelo. Não esperem a vaidade extrema normativa vindo de mim, não. Esperem eu sendo mais eu, eu sendo mais decidida, mais firme, mais bonita por fora por me sentir estupidamente eu por dentro e em cada poro possível. 
 Se eu soubesse que cortar meus cabelos e me libertar me traria tanta liberdade em tantos termos, eu teria feito tudo isso antes e deixo claro que faria infinitas vezes se necessário, porque ser eu é uma delícia e espero que você que está lendo, perceba que ser você também é uma delícia. Eu tenho aprendido o prazer e a dor de ser eu, de ser mulher e preta, e isso me faz mais forte. Muda o que te incomoda, seja o que é e tu vai ver a vida bem diferente.






Ps.: O texto tá longo e nem sei se tudo faz sentido, mas okay, depois eu corrijo tudo isso aqui. Obrigada por ler, se é que alguém leu xD
 Eu passei muito tempo sem conseguir expor nada, mesmo que estivesse  morta de vontade de transbordar. Hoje, no entanto, me veio a vontade de escrever alguma coisa, qualquer coisa, sei lá. Eu vim aqui pra dizer (mais uma vez) que eu te amo e que você tem se tornado cada vez mais importante em minha vida. Eu agradeço todos os dias por ter alguém como você em minha vida. Você me faz bem, me faz feliz, me dá amor e me faz perceber o quão bom é partilhar a vida. 
 Eu percebi com os tombos que levamos, que a gente pode escolher com mais certeza com quem queremos ficar depois de enfrentar obstáculos demorados ou não. Nós amamos, sim, mas podemos escolher se ficaremos com tal pessoa ou não. E o melhor de amar alguém, é saber de cada defeito daquela pessoa, saber cada ponto fraco e ainda assim, optar pelas qualidades e pontos fortes. E eu vi você nisso. Tantas qualidades que os defeitos vêm de vez em quando, mas logo os mando embora por saber que a parte das qualidades é imensamente maior. Se alguém hoje me perguntasse a razão pela qual eu escolhi ficar com você, eu não conseguiria fazer uma dissertação sobre, mas em breves e sinceras palavras diria que o amor nos dá coisas que achamos não merecer, não poder, não conseguir.
 Estamos numa fase nova, em que estamos mais maduras, certamente, e mesmo que a tal maturidade venha em apenas 2 anos, e anos que parecem 10, 50... Tamanha cumplicidade, companheirismo, lealdade... Eu realmente não sei o que dizer pra descrever o quanto tu é importante pra mim, mas eu sei que nosso recente amor fez uma música que diz. Então, eu deixo na mão do Onze:20.


Embora ele quisesse brincar e não tirar foto, essa é nossa primeira foto juntos. Mães e filho.
Salem, fiote preto. <3


Cá estou eu morta de vontade de escrever, mas a minha parte falante que me faz transbordar ao papel, calou-se faz tempo e agora nem ao menos posto o progresso dos meus cachos de que falei. Peço desculpas a quem lê. Eu volto qualquer dia desses com histórias, textos e afins. Tenho bastante coisa a escrever, só não tenho tido tempo, paciência e mimimi. Enfim, até a vista.


"Pode haver milagres quando você acredita. Mas a esperança é frágil, é difícil de matar, quem sabe que milagres você pode conseguir. Quando você acredita, de alguma forma você vai. Você vai quando você acreditar"





 Essa é para o meu amor, que precisa de uns Genki damas bem grandes pra ter mais força e perceber que será a melhor do mundo no que faz. Eu não te deixarei desistir porque esse é o teu sonho. Serás a melhor dentre os melhores. Já és, só não vês. Não desista.



"Existe um herói, se você olhar dentro de seu coração. 
Não precisa ter medo do que você é, existe uma resposta, se você procurar dentro da sua alma. E a tristeza que você conhece irá desaparecer, e então um herói surgirá, com a força para prosseguir. E você deixará seus medos de lado, e sabe que pode sobreviver, e quando sentir que sua esperança se foi, olhe dentro de si e seja forte e finalmente verá a verdade, que existe um herói em você. É uma longa estrada, quando você encara o mundo sozinho, ninguém estende uma mão para você segurar. Você pode encontrar amor, se você procurar dentro de si mesmo e o vazio que sentia irá desaparecer. Deus sabe, sonhos são difíceis de seguir, ,mas não deixe que ninguém afaste-os. Apenas persista, haverá um amanhã. Com o tempo, você encontrará o caminho. Que um herói vive dentro... Você."











Planos para o recesso: maculados com a greve.
"... E o motivo que outrora era só felicidade a levava agora longe longe longe. Tão longe que não mais podia vê-la ao longo da estrada. Sabia apenas que aquela que fora, havia prometido ficar. Saudade."

- Devaneios do Sono Meu