"No meio do temporal, ninguém é rei, meu senhor. Ninguém é rei, mas eu sou. O amor se amarrou bem cedo na beira do meu destino. Embaixo desse arvoredo eu sonho desde menino, bebo água na cascata, me banho na cachoeira. E lá vou, lá vou eu. Vou ver mãe jogar pra ver se meu amor é flor de se cheirar. Quem olha só olhar, pode ver mas não conhece o que é e o que parece. Espero pra ver de noite o amor que encontrei de dia. Espero pra ver de noite o amor que encontrei de dia. De noite, o luto se mostra e o que é de luz, alumia. O mar é outro no temporal, no amor, é igual. Quando o tempo ajuda, quer se aninhar. Passarinho na muda quero ver cantar."
Luz de Candeeiro, Roque Ferreira
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