No meio de tanta coisa, tanta agitação mental, as vezes me pergunto se é bom escrever a todo torpor, e ainda temo que me arrependa depois. Mesmo assim eu escrevo. Tem coisas que merecem ser escritas de forma visceral, com torpor e fulgor, e as consequências viriam com ou sem as demonstrações. Escrever é transbordar, é se livrar da agitação e aliviar as tensões da loucura. O papel é como uma dose de ar fresco depois de se manter por muito tempo em névoa cinzenta. Por isso o torpor é o melhor momento. Em torpor eu desabo, desafogo, grito, mesmo que num grito mudo, eu morro e renasço em meu torpor e é por ele que continuo desabando a cada vez que tudo transborda.
Loucuras em devaneios.
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