A place with no name

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  Dirigia pela estrada algumas horas antes do pôr-do-Sol quando senti o carro trepidar pela estrada, encostei e desci para então perceber que o pneu havia furado. Olhei a minha volta e me percebi sozinha. Ninguém. Entrei no carro e peguei o celular, estava sem sinal. Recostei a cabeça no banco tomando coragem para trocar o pneu e instantes após recostar a vi se aproximar na velocidade da brisa fresca que soprava contra o vidro do meu para-brisas. Ela veio sorrindo. Nada me disse, mas eu já sabia tudo. Saí do carro e segurei suas mãos, tão fortes e ainda assim delicadas. Ela era como a jabuticaba mais vistosa da árvore. Tinha cabelos que mais lhe coroavam que adornavam ao alto da cabeça e com todas as formas confusas, mas tão verdadeiras que não saberia descrever. Envolveu-me numa dança que só havia música aos nossos ouvidos. Dançamos e de duas formamos uma. E a dança que pareceu durar a eternidade, de repente cessou. Ela beijou-me e partiu. Partiu tão suave quanto veio e eu fiquei ali, sem saber se era verdade ou não, mas certa de que passaria ali todos os dias na espera de vê-la outra vez.  

Yoshi

Developer

Curiosa, viciada em séries, designer, feminista graças à Deusa e pisciana, graças ao universo.

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