Eu sempre gostei de andar de ônibus. Na verdade, não só de ônibus, mas de carro, de bicicleta, caminhar. Cada uma dessas coisas me traz uma magia diferente. Quando eu caminho, eu respiro, suo pra liberar as coisas ruins, penso na vida e esqueço de muitas coisas, além de lembrar de muitas outras. Andando de carro, eu vejo as paisagens correndo, e me sinto isolada dela, é estranho, mas muitas vezes é reconfortante. Ver tudo e não se sentir parte de nada. No ônibus eu me sinto expectadora de cada pedaço do que vejo e é tão fascinante. As cores, os lugares, as pessoas, as conversas, os risos, as músicas, as sensações de cada local diferente, as formas que as pessoas assumem quando não estão em seus trabalhos e apenas tomam uma cerveja gelada ao fim do expediente... Tudo isso é tão vivo e rico de detalhes que a vontade que me perpassa é de escrever sobre cada um e todos ao mesmo tempo. É descrever os personagens que eles são nas histórias que vão se formando ao vê-los sendo eles mesmos. E eu tenho lido bastante, no momento, leio J. K. Rowling em Morte Súbita. A forma como ela descreve cada lugar é tão palpável que parece que conheço cada um deles a décadas, e ainda assim é absurdamente novo e é como se eu os tivesse conhecendo naquele exato momento. E toda essa leitura só fomenta todos esses devaneios que eu tenho diariamente nos ônibus da vida. Quando eu ando de bicicleta não tenho essas viagens loucas porque eu me sinto tão livre e "cachorro passeando de carro" que não consigo criar meus personagens loucos nas minhas histórias onde tudo é possível e tal.
Bem, é isso que eu devaneei nos caminhos que o ônibus me leva. See ya!
0 comentários:
Postar um comentário